Tratamentos Não Invasivos no Pós-Operatório

Numa cirurgia plástica o corpo é sujeito a intervenções que danificam os tecidos, principalmente cutâneo e adiposo. Desta forma, há tratamentos não invasivos, que vão atuar precisamente na preparação e/ou reabilitação do tecido sujeito à intervenção, sendo por isso, uma parte essencial no sucesso da cirurgia.

Os tratamentos não invasivos no pós-operatório tem como objetivo a redução do inchaço/edema, a manutenção dos movimentos, aperfeiçoamento das cicatrizes e prevenção ou redução das aderências cicatriciais. Além disso, ajuda diminuir hematomas, fibroses, melhora a circulação sanguínea e o retorno venoso, aumenta a oxigenação tecidual e diminui o tempo de recuperação após a cirurgia plástica.

A preparação e/ou recuperação no pós-operatório são especialmente indicadas em casos de mamoplastia, abdominoplastia, lipoaspiração, lifting facial, blefaroplastia e cirurgias reconstrutivas.

Objetivo dos Tratamentos

Cabe à equipa multidisciplinar atuar com todos os recursos disponíveis para minimizar uma alteração funcional com o objetivo de fortalecer os vasos sanguíneos e linfáticos da região a ser tratada para desobstruir possíveis congestionamentos e, assim reduzir possíveis edemas e promovendo o descongestionando dos tecidos.
Na fase pré-cirúrgica, a preparação da pele ao nível da hidratação, elasticidade local dos tecidos e eliminação das toxinas, pode fazer toda a diferença no sucesso do procedimento cirúrgico, potenciando uma recuperação mais rápida e funcional.
No pós-operatório como foi provocado um dano cutâneo e muscular, é importante avaliar e tratar o edema e o estado da cicatrização face ao tipo de cirurgia realizada. Deve ser feita uma avaliação minuciosa que permitirá estabelecer um rigoroso protocolo individualizado com o objetivo de auxiliar na aceleração do processo de reabilitação e restabelecer a funcionalidade.

Então… Que tratamentos não invasivos existem? Tanto para o pré-operatório como para o pós-operatório temos:

Drenagem Linfática Manual

A drenagem linfática manual (DML) é denominada uma técnica de massagem, aplicada por Vodder (Alemanha) e recentemente por Leduc (Bruxelas), que tem como objetivo retirar os resíduos metabólicos e os líquidos exsudados por manobras nas vias linfáticas e nos linfonodos. O corpo humano faz naturalmente a drenagem, o sistema linfático faz todo processo de retirada do líquido no meio intersticial, em casos de patologias esse processo fica muito lento.
Três técnicas representam DLM, a de Leduc, Vodder e de Foldi todas seguem nos trajetos dos linfonodos e coletores linfáticos, coligando as três categorias de manobras: captação, reabsorção e evacuação. A DLM atua na reabsorção de proteínas extravasadas, equilibrando pressões hidrostáticas e tissulares reduzindo o edema, pode ser iniciado ate 48 horas no pós-operatório de cirurgias plásticas. Quando o volume intersticial acumulado excede aos 20% do normal, com isso, desenvolve o edema. As sessões de DLM devem ser no mínimo 40 minutos, com uma leve pressão manual sobre o corpo, para evitar um colapso linfático.
Uma das técnicas mais importantes no pós-operatório de cirurgias plásticas é a DLM, que beneficia a reabsorção de edemas através dos canais linfáticos e venosos, além de diminuir edemas e hematomas, a DLM ajuda no processo de reparação tecidual através da fibrinogênio presente na linfa e assim previne a formação de aderências, fibroses, restaura a construção de capilares linfáticos lesionados e tem efeito analgésico.

Massoterapia

A massagem é capaz de produzir estimulação mecânica nos tecidos por aplicação rítmica de pressão e estiramento, tendo como efeito relaxamento, auxílio da circulação venosa e linfática, e absorção de substâncias extravasadas nos tecidos. Através da massoterapia, pode-se observar estiramento dos tecidos subcutâneos; alívio da dor devido ao estímulo do toque nos receptores de pressão na pele; aumento da circulação da área tratada; estiramento da fáscia; restauração da mobilidade dos tecidos moles e ainda a liberação de aderências. A massoterapia só deverá ser usada, com cautela, a partir da fase de maturação.

Liberação Tecidual Funcional (LTF)

No pós-operatório as tensões mecânicas aplicadas ao tecido em cicatrização promovem uma organização dos feixes de colagénio de uma forma mais natural, com mais elasticidade que quando não aplica tensão. Essa é a maneira mais eficaz e rápida de tratamento específico para fibroses e aderências em cirurgia plástica. Pelo fato do colagénio se depositar de maneira aleatória, a manipulação deverá ser em todos os sentidos, para que se consiga a reorganização dos feixes de colagénio. A intensidade do estiramento é proporcional à resistência que o tecido oferece, sua utilização ideal, de forma preventiva, é a partir do 3º ao 5º dia pós-operatório, com aplicação de 2 a 3 vezes por semana, Esta técnica pode ser associada, ou não, aos restantes recursos disponíveis.

Agentes Térmicos de Calor

Para que sejam obtidos níveis terapêuticos de aquecimento, a temperatura atingida nos tecidos deve situar-se entre 40º e 45º, abaixo desse nível os efeitos do aquecimento são considerados leves para que tenha qualquer valia terapêutica. A utilização do calor em pós-cirurgia plástica tem como objetivo melhorar a qualidade do tecido cicatricial, tratar as fibroses e aderências. A utilização será só a partir do momento e que se avalia a presença de fibroses – normalmente a partir da fase de proliferação.

Crioterapia

Dentre os recursos indicados para possibilitar a melhora na recuperação do ato cirúrgico temos a crioterapia, cuja utilização promove o arrefecimento local onde ocorre uma vasoconstrição que diminui o extravasamento sanguíneo e reduz a dor.

Ultra-Som

O ultra-som (US) no pós-operatório proporciona através de seus efeitos térmicos e não térmicos o aumento da velocidade de reparo dos tecidos e cura das lesões, aumento do fluxo sanguíneo, aumento da extensibilidade do tecido, dissolução dos depósitos de cálcio e redução da dor, por meio da alteração da condução nervosa e alterações da permeabilidade da membrana celular. Além dos benefícios já citados, a reabsorção de hematomas estimulada pelo US é fundamental na primeira fase do tratamento pós-operatório, pois evita que fibroses se instalem. As intenções da utilização do ultra-som na pós-cirurgia plástica é a aceleração da cicatrização e prevenir cicatrizes hipertróficas e queloides.

A eficiência de uma intervenção com cuidados pré e pós operatórios, tem demonstrado um efeito preventivo de possíveis complicações e promoção de um resultado estético mais satisfatório. Muitos pacientes submetidos a cirurgias plásticas não são encaminhados para a realização de tratamentos pós-operatórios ou demoram muito e quando iniciam os tratamentos já se encontram em fases tardias, o que pode levar a resultados poucos satisfatórios.

Não adie mais… procure por profissionais qualificados que o passam ajudar a alcançar os resultados pretendidos de uma forma mais rápida e sem complicações.

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